A economia é calculada sobre o preço cobrado pelo medicamento no início do projeto de produção nacional, em 2009. ´Quando iniciamos, o comprimido custava R$ 6,73. Na última compra internacional do medicamento, o Brasil pagou R$ 180 milhões. Na primeira que fizemos do laboratório da Funed, desembolsamos R$ 115 milhões`, explicou o secretário substituto de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Zich Moysés. O valor atual do comprimido é R$ 4,02, mas há um compromisso de reduzir o custo para R$ 3,06. Até 2014, espera-se uma economia de R$ 410 milhões.
A produção interna do Tenofovir é apoiada, também, por entidades da sociedade civil. Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual e advogada da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Renata Reis, o tratamento de portadores da Aids ou hepatites torna-se mais viável à medida que a indústria nacional assume a fabricação de cada um dos medicamentos. A produção inicial será de nove milhões de comprimidos, que devem estar disponíveis em março, mas expectativa é que 36 milhões sejam entregues ao Ministério da Saúde ao longo do ano.
Dengue
Uma equipe permanente do Ministério da Saúde vai atuar nos 16 estados considerados em alerta para risco de epidemia de dengue, segundo o ministro Alexandre Padilha. A intenção é averiguar se falta equipamento ou treinamento aos servidores que trabalham nos postos de saúde. (Débora Álvares)