Reportagem: Monique Zagari Garcia
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Por serem altamente calóricos, os consumo excessivo de 
refrigerantes pode contribuir para quadros de obesidade, 
hipertensão e diabetes
Foto: Shutterstock 
Resistir a uma batatinha frita, um doce ou até mesmo a um refrescante refrigerante pode ser uma tarefa difícil para muitos. No entanto, é fundamental conhecer os malefícios que alguns destes alimentos podem causar a saúde para que saibamos controlar os impulsos e dosar sua quantidade. “Certamente o ideal seria não ingerir esses alimentos na dieta, que deve ser composta por alimentos nutrientes balanceados e equilibrados. Mas se for muito difícil para a pessoa os abolir totalmente, ao menos os consuma com bastante moderação e, preferencialmente, de modo esporádico”, orienta a nutróloga Paula Cabral, diretora-médica da Clínica Hagla (RJ).  A especialista explica que tudo que não consegue ser digerido devidamente pelo organismo também nem sempre consegue ser excretado. “Muitas vezes temos acúmulo de toxinas que causam reações alérgicas inexplicáveis. O ideal é simplificar a alimentação sempre que possível”, ressalta. 
A Corpo a Corpo contou com a ajuda de Paula Cabral para selecionar os cinco tipos de alimentos mais prejudiciais à saúde. Confira:

1) Hidrogenados

Nosso corpo não consegue digerir a gordura hidrogenada. Bastante usada nos alimentos fast-food (sorvetes, chocolate, bolos, biscoitos) elas são sólidas e não líquidas, como os óleos vegetais, e por isso podem alterar a textura dos alimentos processados. Segundo a especialista, estudos e pesquisas científicas mostram que o consumo de gordura trans traz riscos de doenças cardíacas. “As gorduras trans são encontradas principalmente nos alimentos processados e são produzidas quando óleos vegetais são solidificados para produzir gordura vegetal hidrogenada e parcialmente hidrogenada. Bolachas recheadas, por exemplo, possuem alto teor de açúcar e contém muita gordura saturada, o que favorece o aumento do LDL (colesterol ruim) e a diminuição do HDL (colesterol bom), fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares graves", esclarece Paula. 

2) Frituras

Paula Cabral explica que a fritura provoca alterações químicas no óleo utilizado, deixando de ser uma fonte de gordura insaturada (no caso do uso de óleos vegetais) para tornar-se uma gordura saturada, que pode causar diversas doenças quando consumida em excesso. "Neste processo também pode acontecer a formação da gordura trans, que está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Outro fator é o calor extremo decorrente do procedimento, que acaba por estragar a estrutura química da molécula de gordura, produzindo a acroleína, substância cancerígena", completa a nutróloga.

3) Açucarados

Refrigerantes e doces elaborados, por exemplo, são altamente calóricos e não possuem nenhum valor nutricional, ou seja, seu consumo excessivo pode levar a obesidade e seus consequentes problemas, como diabetes e hipertensão. "O consumo de açúcar refinado a longo prazo também pode abrir portas para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, pois este se deposita no organismo sob a forma de triglicérides", afirma a profissional. Paula ainda completa que o excesso de açúcar durante a vida pode levar o pâncreas a exaustão, pois temos uma capacidade limitada de produção de insulina durante nossa existência: "Gaste mais do que deve e terá diabetes na 3ª idade", alerta. 

4) Embutidos

Alimentos como salsicha, linguiça, salame, presunto e mortadela contém excesso de sal, alto teor de gordura saturada, conservantes e corantes que não são digeridos pelo organismo. "O excesso de sódio colabora para o aumento da pressão arterial, enquanto a gordura saturada eleva o nível de colesterol e o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Ao entrar em contato com o organismo, os conservantes presentes nestes alimentos se transformam em substâncias potencialmente cancerígenas; ao mesmo tempo em que os corantes podem gerar alergias e problemas estomacais", detalha a médica.

5) Salgados

Alimentos com excesso de sal aumentam consideravelmente a retenção hídrica e a pressão arterial. "Os salgadinhos, por exemplo, são fontes de glutamato monossódico, tipo de sódio cujo estudos vem associando seu consumo com o câncer, Parkinson, Alzheimer e ainda dificuldades de aprendizado", finaliza Paula Cabral.