quinta-feira, 14 de julho de 2011

Antirretroviral pode reduzir risco de infecção pelo HIV, destaca imprensa





Os principais jornais e sites destacaram dois estudos apontando que o
uso de antirretrovirais pode reduzir pela metade a chance de infecção 
pelo HIVentre os heterossexuais.

A Agência de Notícias da Aids divulgou as pesquisas nesta quarta.

Leia a seguir reportagem da Folha de S.Paulo.


Comprimido diário pode reduzir risco de infecção pelo HIV


Dois estudos feitos na África, apresentados

ontem, mostram que o uso de remédios
 antirretrovirais reduz o risco de infecção
entre casais heterossexuais. Os resultados
somam-se às evidências crescentes de que
os medicamentos prescritos desde os anos 
1990 para tratar pessoas  com  aids também 
podem reduzir as chances de infecção.

Em novembro do ano passado, um estudo feito no Brasil pela Fiocruz,

em parceria
com a USP e a UFRJ, usando o remédio Truvada, já havia mostrado
resultados semelhantes em 
homossexuais.

O maior dos dois novos estudos examinou 4.758 casais no Quênia

e em Uganda, em que um dos parceiros era HIV positivo e o outro,
negativo.

Os parceiros negativos que tomaram o Tenofovir registraram uma 

média de 62% de infecções a menos.

Para os casais que tomaram o Truvada, que combina o Tenofovir

e o Emtricitabine, o risco de infecção foi reduzido em 73% no
ensaio clínico, feito por pesquisadores da Universidade de 
Washington.

A segunda pesquisa, envolvendo pouco mais de 1.200 homens e 

mulheres em Botsuana, descobriu que
tomar um comprimido do Truvada por dia reduziu o risco de
infecção pelo HIV em 62,6%.

"Os resultados divulgados agora são muito importantes e

corroboram estudos anteriores feitos com a
população de homossexuais masculinos e de mulheres com alto 
risco de adquirir a infecção pelo HIV", 
diz a infectologista Valdiléa Veloso, da Fiocruz, que liderou
o estudo feito no Brasil em 2010.

Ressalvas

Mas Veloso diz que, como esses estudos foram feitos em 

populações com alto risco de adquirir o HIV, os resultados 
não podem ser generalizados para a população geral.

Marcelo Freitas, gerente da coordenação de cuidado e 

qualidade de vida do Departamento de DST, Aids 
e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, faz a mesma ressalva.

"Na pesquisa, trata-se de um grupo controlado que recebe 

orientações sobre camisinhae faz testes mensais
de HIV. Não dá para dizer qual é a contribuição do remédio,
da aderência ao tratamento ou do uso do preservativo."

Freitas diz ainda que não há estimativas do custo-benefício do 

uso dos antirretrovirais como prevenção.


Fonte: Fonte: Folha de S.Paulo

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